Evento aborda o impacto da tecnologia no futuro da advocacia
Nádia Mendes
Como as novas tecnologias irão impactar o exercício da advocacia nos próximos anos? Para responder essa questão e destrinchar o assunto, a Comissão Especial de Práticas Colaborativas (CEPC) realizou um evento na tarde desta segunda-feira, dia 10. Veja o debate completo no Canal da OAB/RJ no Youtube.
A presidente da CEPC, Lívia Caetano, classificou o tema como atual, inovador e instigante e pontuou que este foi o primeiro evento da comissão no ano. "São muitas novidades e muitos assuntos que vão nos fazer refletir sobre o futuro das profissões. Esses temas nos instigam a pensar no nosso amanhã e, principalmente, no que podemos fazer para melhorar e contribuir no aperfeiçoamento da nossa jornada profissional", disse.
Representando a diretoria da Seccional, a vice-presidente da Caarj e diretora de Mulheres da OAB/RJ, Marisa Gaudio, abriu o evento falando sobre a criação da comissão na OAB/RJ e a importância de debater esse tema. "As práticas colaborativas são pouco conhecidas e eu vejo que, por isso, existe um pouco de preconceito. Mas acredito que estamos avançando", afirmou.
Vice presidente da CEPC, Célia Caiuby explicou que a advocacia colaborativa tem esse nome por ser inclusiva, multidisciplinar e que visa resolver problemas jurídicos extrajudicialmente. "A transformações das profissões já está acontecendo. O que nós queremos é profissionalizar de forma acadêmica, inovando porque os conflitos mudaram e a forma de resolver e se relacionar também", defendeu.
O fundador da Rio Tecnologia, Rodrigo Meireles, foi o primeiro palestrante do evento e falou sobre como a tecnologia pode ser uma aliada. Ele fez um histórico de como a tecnologia vem modificando as relações com o trabalho nos últimos séculos. Depois do panorama da situação atual, falou sobre como a revolução atual interfere no dia a dia e encerrou com uma visão do futuro. Segundo ele, as mudanças tecnológicas não irão causar o fim da advocacia. "Todo avanço tecnológico traz novos problemas e novas situações que precisam ser resolvidas. É natural que as práticas colaborativas saiam do campo do Direito de Família e Empresarial e vão, também, para outras áreas como o Direito Trabalhista, por exemplo", disse. Para ele, o papel do advogado continua sendo essencial, principalmente no aspecto humano. "Olhem para a tecnologia como uma aliada, não como inimiga", aconselhou.
Também palestraram no evento o líder de capital humano da Pwc Brazil, Marcos Panassol, e a advogada colaborativa Dora Awad.